Bióloga é premiada em concurso nacional “Para Mulheres na Ciência”

XXXXXBióloga e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), natural de Porto Alegre/RS, Luciana Tovo Rodrigues  (CRBio 118030/03-D), 35 anos, é uma das 7 premiadas no concurso nacional “Para Mulheres na Ciência”, promovido pela L'Oreal junto com a Unesco Brasil e Academia Brasileira de Ciências. O trabalho vencedor versava sobre o estudo de  estresse de adolescentes na pandemia. 

                                                       Foto da Bióloga: Daniela Xu/Epidemiologia UFPel

XXXXXFormada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutora em Genética e Biologia Molecular pela mesma universidade, Luciana conta que iniciou na biologia para estudar processos evolutivos e mecanismos biológicos relacionados à vida. Relata também que sempre trabalhou com genética e biologia molecular e no caso, sua linha de pesquisa de interesse está relacionada com a  suscetibilidade genética de transtornos psiquiátricos.

XXXXXA Bióloga diz o que a levou a iniciar esta pesquisa, vencedora do concurso:

“Tive essa ideia de avaliar adolescentes, pois essa etapa é uma fase crítica para o ciclo vital. É a etapa da vida, junto com a infância, em que os sintomas de transtornos psiquiátricos emergem. O estresse é um fator importante para problemas de saúde mental, assim como para outros problemas, como obesidade, hipertensão e problemas de sono. Os estudos avaliando questões de saúde de adolescentes durante a pandemia são escassos”.

XXXXXAinda, de acordo com a Bióloga Luciana, a alteração de rotina, impossibilidade de socialização e incertezas sobre o futuro podem estar sendo um importante fator de estresse para esses adolescentes, o que pode levar a problemas a sua saúde.

“Avaliaremos o cortisol - o hormônio do estresse - depositado durante três meses nos fios de cabelo dos adolescentes aos 15/16 anos participantes da coorte de nascimentos de Pelotas de 2004. Iremos coletar uma pequena mecha de cabelo desses participantes, comparar os grupos que já foram coletados antes da pandemia com os de depois da pandemia. Se a pandemia for um fator de estresse, esperamos que os níveis de cortisol no grupo pós-pandemia sejam mais altos”.

XXXXXO Programa Para Mulheres na Ciência da L'Oréal ocorre há 15 anos. Já foram mais de 100 pesquisadoras jovens laureadas pelo programa, com o objetivo de reduzir a iniquidade de gênero na ciência, dando visibilidade aos trabalhos feitos por mulheres  e criando modelos de cientistas que possam inspirar outras meninas e mulheres a seguirem a carreira de pesquisadoras. Para se inscrever, é necessário submeter uma proposta de projeto a ser realizado no período de um ano. Os jurados avaliam a relevância do projeto, bem como a trajetória da candidata como pesquisadora até o momento. Para viabilizar uma pesquisa sobre o estresse de adolescentes na pandemia, a pesquisadora receberá 50 mil reais do programa.

Fonte e marca do concurso: https://www.paramulheresnaciencia.com.br/