Dispondo sobre a regulamentação para a concessão de Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) em Análise e Controle de Qualidade Físico-química e Microbiológica de Águas, inclusive as de Abastecimento Público, a Resolução CFBio nº 3, de 2 de junho de 1996, normatiza a atuação do profissional da Biologia na área.
Atuando na COMUSA – Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo/RS, o Biólogo Franko Teloken trabalhou por três anos com monitoramento da qualidade da água bruta, captada no Rio dos Sinos, e com monitoramento de água tratada – potável – na saída da Estação de Tratamento de Água (ETA), e ao longo do sistema de distribuição. Além disso, realizou monitoramento da qualidade dos esgotos sanitários afluentes às Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), bem como dos efluentes tratados e da qualidade dos corpos d’água receptores dos efluentes. Como Biólogo e responsável técnico por este monitoramento, envolvendo coleta de amostras e análise dos parâmetros físico-químicos e microbiológicos em laboratório, Teloken foi responsável pela verificação de dados, interpretação dos resultados, elaboração de relatórios técnicos e atendimento à legislação vigente.
Segundo ele, no que diz respeito à água, a COMUSA busca atender aos padrões de potabilidade exigidos pela Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde (MS), incorporada em 2017 à Portaria de Consolidação nº 05/2017. Quando algum resultado está fora do padrão de qualidade, os responsáveis pela operação da ETA são imediatamente informados para que providências operacionais e de tratamento sejam tomadas. Referente ao esgoto sanitário, efluentes tratados e corpos hídricos receptores, os padrões de lançamento de efluentes exigidos pela Resolução CONSEMA nº 355/2017 são atendidos.
Para Teloken, a participação do Biólogo na área de saneamento é de fundamental importância, visto que, nos mananciais de água bruta, além do monitoramento dos parâmetros físico-químicos, profissionais da Biologia atuam também no monitoramento de parâmetros biológicos da água. “A legislação atual exige análises de bactérias heterotróficas, Escherichia coli, coliformes totais, cianobactérias, concentrações de cianotoxinas, Giardia spp. e Cryptosporidium spp. Entretanto, com a crescente contaminação dos cursos, entende-se que muitos outros organismos poderiam e deveriam ser estudados e considerados no monitoramento para abastecimento público, buscando-se a melhor segurança biológica da água consumida”, salienta. Na atuação em tratamento de esgoto, Franko complementa: “O tratamento de esgoto é realizado basicamente por meio de processos biológicos mediados principalmente por bactérias. É importante que cada vez mais profissionais da Biologia atuem nisso”.